A vida não era.
A vida era
Toda ela, um vaso de alabrastro
Um prazo que não venceria
O sol na chuva, era alegria
Era a felicidade, a verdade sobre a mesa
Um astro de primeira grandeza
Era harmonia
Comedida em seus excessos
Ah, essa era a vida, ela excedia
Não era, ela não era não
Era uma mão que se escondia
Oculta com propriedade
Tangia as cordas da vida
De modo tão perfeito
A justa forma ela imitava
A gente se iludia tão perfeitamente
O vento leve, o tempo breve
O espelho que não se mostrava
Era a vida uma centelha
Um prazo que nos vencia
Ele venceu
Essa era a vida
Este sou eu.
Edson Ricardo Paiva.