Relâmpagos

Atravessei com desvarío e medo toda aquela profundidade desabitada, aquela última fronteira,

A luz indecisa produzia em meus olhos flechas de fogo que golpeavan a alma, entendi o tempo que é como um rio que caminha,

O incompreensível esquecimento é uma faca sempre abrindo cada dia mais a ferida, o silêncio distante dos teus passos e como um canto de alegria,

Há uma ânsia que percorre falida todos meus espaços, é como algo que apodrece na sombra, um réptil que avança e devora todas essas ilusões encurraladas num caminho sem retorno,

A bondade escondeu-se entre relâmpagos de infância perdida, entre férias que não foram vendidas, entre regressos e versos de nostalgia.

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 13/03/2022
Reeditado em 21/03/2023
Código do texto: T7471665
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