E entre mortos e feridos, todos vivos!
Anda no mundo,
De cabeça baixa,
A mente cheia,
E com mãos vazias,
Não quer ter tudo,
E sente ter nada,
Está no escuro,
E busca a luz do dia.
Teleguiado,
Retroprogramado,
Morre seus sonhos,
Segue pela vida,
É tanto esforço,
Pelo que não agrada,
E se pergunta,
Isso que é vida?
Ontem queria o mato,
Hoje só quer escrever,
Vezes a vida lhe bate,
E pergunta se a morte,
O quer acolher.
E uma faísca o invade,
Vai,
Acredita que pode vencer,
Oscila,
Sem nenhuma equidade,
Guerra interna,
Ele vence,
E também vai perder.
E entre mortos e feridos,
Todos vivos.
Outro dia ele vai enfrentar,
E outra vez,
Com a certeza,
Que irá sobreviver,
Acredita que sua hora vai chegar,
Se convence que tem o poder,
E a prece?
Deus vai escutar?
Não sabe,
Mas não deixa de crer,
Tudo,
Tudo tem que melhorar,
Pode perder a batalha,
Se alimentar de migalhas,
Sentir o fio da navalha,
Mas na guerra,
Sempre disposto a combater.