E entre mortos e feridos, todos vivos!

Anda no mundo,

De cabeça baixa,

A mente cheia,

E com mãos vazias,

Não quer ter tudo,

E sente ter nada,

Está no escuro,

E busca a luz do dia.

Teleguiado,

Retroprogramado,

Morre seus sonhos,

Segue pela vida,

É tanto esforço,

Pelo que não agrada,

E se pergunta,

Isso que é vida?

Ontem queria o mato,

Hoje só quer escrever,

Vezes a vida lhe bate,

E pergunta se a morte,

O quer acolher.

E uma faísca o invade,

Vai,

Acredita que pode vencer,

Oscila,

Sem nenhuma equidade,

Guerra interna,

Ele vence,

E também vai perder.

E entre mortos e feridos,

Todos vivos.

Outro dia ele vai enfrentar,

E outra vez,

Com a certeza,

Que irá sobreviver,

Acredita que sua hora vai chegar,

Se convence que tem o poder,

E a prece?

Deus vai escutar?

Não sabe,

Mas não deixa de crer,

Tudo,

Tudo tem que melhorar,

Pode perder a batalha,

Se alimentar de migalhas,

Sentir o fio da navalha,

Mas na guerra,

Sempre disposto a combater.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 13/03/2022
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