Escritura
Não sei onde
fica
a escrita
que ora me
habita
outrora grita
e some.
onde mora
a escrita
quando vai
embora.
se vem
no vagão
de um trem
na manhã de
domingo
uma xícara
de café
preto
um violão
um retrato
um livro.
não consigo
segurar
a escrita
que voa aflita
pela janela
e some.
quem sabe
apareça
livre
de incerteza
na próxima
lua
cheia.