Reconhecimento e Evolução
Eu vivi com amor tão intenso
A alegria da intensa paixão
E sentia no peito a emoção
Para vê-la sorrir, e que o espaço
Se tornou pequenino pra nós
Nesse tempo glorioso vivido
E, hoje penso no tudo ocorrido,
Na balança do nosso fracasso.
Eu fui tolo ao pensar estar certo
Quando a ação suprimia um acerto,
Que ao lembrar chega dá grande aperto!...
Por viver como um tolo, num laço,
Que eu me via e não via você,
Sua dor, seu querer, o seu sonho...
Oh, perdoa!... Porque fui medonho,
Na balança do nosso fracasso.
Minha luz se apagou no momento
Em que vi seus pezinhos levando
Meu amor para longe e bem quando
Perguntei: - Oh, meu Deus o que faço?
Eu chorei. Ninguém viu o meu pranto,
O tamanho da minha saudade,
Pois perdi minha doce metade,
Na balança do nosso fracasso.
Mas, confesso que fui egoísta
Ao olhar o meu pranto dorido,
Mas sem ver o seu choro sofrido
Por perder, meu amor, um pedaço...
Um pedaço da nossa inquietude;
Um pedaço da sua paixão,
Dessa história com mui comoção,
Na balança do nosso fracasso.
Hoje sinto essa dor tão ferrenha,
O martelo pesado do algoz,
Mas, perdido, sem força, sem voz,
Não consigo falar do embaraço
Que causei sem querer a você,
A você que eu queria só o bem...
Vou falar dessa dor para quem?
Na balança do nosso fracasso.
Hoje almejo a alegria constante
A você, meus amor, pois preciso
Lhe mostrar que ganhei o juízo
Que você suplicou num amasso,
Que você suplicou numa rinha
Em que tanto almejou ser amiga.
Hoje sei: era o bem tanta briga,
Na balança do nosso fracasso.
E quem sabe o futuro proponha
Para mim uma chance modesta
Eu prometo: Farei uma festa
Quando tudo estiver tão escasso!
Dançarei num molejo sincero...
Eu bem sei que isso é só pensamento
Ou a força do meu sentimento,
Na balança do nosso fracasso.