Raras contemplações.
Tênue linha a separar
brisa de vendaval.
Antes distante céu.
Sim, aquele azul
onde não se pisa,
que não se alcança,
mas de admirável brilho.
Ousadia guardada
sob véus dilemas.
Melhor não saber,
não entrar, não bater.
Mas eis que chega,
vozes e linhas que se doam
ao encantamento,
já não há vento, só vendaval.
Algo não se estabelece,
apenas cresce,
sem nem mesmo ter
onde se segurar.
Deixa-se ir, ornada
em canções perfumadas,
onde a alma se enverga
a beijar outra alma.