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Raras contemplações.

Tênue linha a separar

brisa de vendaval.

Antes distante céu.

 

Sim, aquele azul 

onde não se pisa,

que não se alcança,

mas de admirável brilho.

 

Ousadia guardada 

sob véus dilemas.

Melhor não saber,

não entrar, não bater.

 

Mas eis que chega,

vozes e linhas que se doam

ao encantamento,

já não há vento, só vendaval.

 

Algo não se estabelece,

apenas cresce,

sem nem mesmo ter

onde se segurar.

 

Deixa-se ir, ornada

em canções perfumadas,

onde a alma se enverga

a beijar outra alma.

TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 16/02/2022
Reeditado em 16/02/2022
Código do texto: T7453840
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