Ruína

De quem são os olhos

Que me encaram no espelho?

Da equilibrada?

Ou da equilibrista?

 

São olhos que me acusam

Ou escusam?

São olhos que vocalizam

Murmúrios, ventanias.

 

A equilibrada é excursionista

A equilibrista é (in) constância

Os olhos reduzem e afligem

A dor de uma.

 

A outra é profundidade

Por trás da pedra-retina

Que não se revela, se cala

Conformidade. Ruína.

Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 05/02/2022
Código do texto: T7445602
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