Ruína
De quem são os olhos
Que me encaram no espelho?
Da equilibrada?
Ou da equilibrista?
São olhos que me acusam
Ou escusam?
São olhos que vocalizam
Murmúrios, ventanias.
A equilibrada é excursionista
A equilibrista é (in) constância
Os olhos reduzem e afligem
A dor de uma.
A outra é profundidade
Por trás da pedra-retina
Que não se revela, se cala
Conformidade. Ruína.