Eu quero uma cura pra ansiedade por favor, quanto custa?
Eu tô exausta
A vida é injusta
Enterrem-me de botas
Cansaço, dor, ansiedade
Digo adeus a minha sanidade
Enterrem-me longe dessa cidade
Desse desassossego frenético enlatado
Imposto, desumano, normalizado
Por favor, enterrem-me num dia nublado
Pois eu não tô aguentando viver dessa maneira
Hoje, ontem, a semana inteira
E aquela crise de pânico na quinta-feira
Sinto que estou a beira
No limite, no extremo, no fim, na fronteira
Do precipício de exaustão da minha cabeça
Por favor enterrem-me antes que eu apodreça