Revoltas de cristal
Quando foi que os espelhos repugnaram os narcisistas?
Os sorrisos, os gestos, aquela última vez, são essa sorte indócil que nos ajuda a sobreviver. Na existência e na subversão, mostramos ao mundo essa ansiedade ardente de quebrar silêncios de não sermos mais sobreviventes.
Quando as lágrimas superaram a vitória?
Elegemos recuperar o amor e mergulhamos no ódio, e irremediável essa concretude de ignorar o conhecido, pois os abismos continuam existindo.
Não podemos mais prostituir esse diagnóstico imediato que nos faz rever a vida como um estranho protocolo social que nos escraviza com ansiedades e delírios armazenados em fúrias e revoltas de cristal.