Revoltas de cristal

Quando foi que os espelhos repugnaram os narcisistas?

Os sorrisos, os gestos, aquela última vez, são essa sorte indócil que nos ajuda a sobreviver. Na existência e na subversão, mostramos ao mundo essa ansiedade ardente de quebrar silêncios de não sermos mais sobreviventes.

Quando as lágrimas superaram a vitória?

Elegemos recuperar o amor e mergulhamos no ódio, e irremediável essa concretude de ignorar o conhecido, pois os abismos continuam existindo.

Não podemos mais prostituir esse diagnóstico imediato que nos faz rever a vida como um estranho protocolo social que nos escraviza com ansiedades e delírios armazenados em fúrias e revoltas de cristal.

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 09/01/2022
Reeditado em 21/02/2023
Código do texto: T7425715
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