Uma história rimada
Eu rio
No rio
Enquanto,eu sinto frio
E escuto o pio
Que na pele me dá um arrepio
De um pássaro em cima de um fio
Eu estou assim há dias a fio
Eu bato um fio para um fio
Para falar sobre mim,o pássaro e o fio
Que nós juntos formamos um trio
Mas nesse fio
Eu não confio
Porque,ele nunca me soltou um elogio
Ele é um menino vazio
Que é vadio
Que mora numa casa construída num terreno baldio
Ele sempre gosta de soltar um assobio
Com seu ser de desvario
Ele tem um tio
Que tem o seu mesmo feitio
Que trabalha num navio
E que tem um curto pavio
Ele é faxineiro e deixa com seu esfregão,de propósito,o chão escorregadio
Esse é seu jeito sombrio
Que ninguém consegue entender de tão arredio
Tanto do tio quanto de seu sobrinho o fio
Embora,esse seu tio
Fosse de todos os faxineiros de lá do navio
O senhorio
Ele já está acostumado a trabalhar viajando num mar bravio
Sem nunca perder seu brio
A única coisa que importa tanto para seu fio
Quanto para si mesmo,como sendo, o tio
Para que ambos sempre continuem com seu jeito que eles considerem sadio
E também com esse problema de caráter, um tal chamado desvio.
Autor: Wilhans Lima Mickosz