JAMAIS DEIXE DE FULGURAR
Para além do inevitável e de toda fatalidade,
Seja o calor de um abraço que acolhe!
Como também, a chuva que rega a terra e a fecunda!
Ou então: o sol que aquece os confins do planeta
Na renovação do verde da árvores, plantas e relvas!
Para além das tempestades,
Seja o arco-íris prenunciando as boas novas!
Ou os sublimes arrebóis na imensidão
Para uma visão contagiante e prazerosa
Acerca da alma manifestada
Nas melhores percepções do ser!
Enquanto houver nuvens turvas e espessas,
Seja o clarão nos instantes
Onde o escuro venha a entorpecer a visão!
Enquanto existir o peso gravitacional da dor
A cingir a alma,
Seja como as aves migratórias:
Voe longe para alcançar
O limiar de um pouso seguro
E corajoso para cruzar as fronteiras do visível
Na viagem de descoberta de melhores paragens!
E, por fim, para além do findar do dia,
Jamais deixe de ser
O fulgor de uma estrela nas longas noites da vida!