Entre o banco e o fogão azul
Naquela dança de forró pé de serra
Entre o banco de madeira e o fogão azul
Tem hora que tu é matreiro
Pra se fazer amarrado ao meu peito
Ad eternum
Tu, carinhosamente
Silenciosamente
Sem anunciar palavra alguma
Tu, gostosamente
Lentamente
Bota minha mão sobre tua mão
No ritmo
E ali, na matreirice
Tu, com os olhos cerrados sabe que
Aquilo só, sozinho
(Aquela minha mão na tua mão
No teu peito
Quietamente
Gostosamente)
Não se resolve solitária não
E então você, safadamente
Depois da dança
Umas duas horas depois...
Suga com cuspe
Beija com força
E ama sem amor
Pra quem tem medo
É uma mão na roda
Pra lágrima depois do filme
E pra se ficar de quatro