Sônia e sua insônia
Sônia
Tinha uma tremenda insônia
Nem os chás resolviam que ela tomava de onde,ela havia nascido na Amazônia
Ela queria dormir a noite de uma forma momentânea
Ela achava que o que a impedia de dormir era uma alma de demônia
De alguma ancestral sua vinda de lá da Letônia
É por isso,que ao se deitar,ela costumava usar água-de-colônia
Para tentar afastar essa presença fantasmagórica que a deixava assim com afonia
Em plena agonia
Se isso era esquizofrenia
Não se sabia
Só se sabia,que Sônia
Uma pura insônia
Toda noite,ela sofria
E ninguém,intervia
Coitada dela,dava até dó
Quando,para ela,se via
Ela tentando dormir só
E a maldita insônia
Se intrometia
Todo santo dia
Mas que melancolia
Podia também ser dissonia
Que quando às vezes,ela falava a deixava com cacofonia
Só houve um dia que ela dormiu que ela teve disfonia
De sua língua de lusofonia
Ela já havia trabalhado com radiofonia
A única solução que encontrou Sônia
Para sua infernal insônia
Foi contratar um excelente músico
Que toda noite tocasse uma música de ninar
Para que ela pudesse repousar
Uma linda polifonia
Que finalmente,conseguiu dormir Sônia
Que até a fez sonhar com a história da obra grega de Teogonia.
Autor: Wilhans Lima Mickosz