Tempos Estranhos
Tempos estranhos, campo esquisito
Há tanto joio em meio a tão pouco trigo
Será que foi assim desde o princípio?
Cegos a dançar a beira do precipício
Quem apagou a Luz de nosso olhos?
Quem nos ensinou a amar a escuridão?
Esvaziaram nossas barrigas
Encheram nossas mentes
Turvaram nosso coração
O Salvador espera pelo salvador
A ciência cresceu e se multiplicou
E com ela a dor
Todos buscam com fé é esperança
Mas ninguém mais sabe o que é o Amor
A Sabedoria clama nas esquinas
Agora já não há mais quem lhe dê ouvidos
A letra está morta a milênios
E ninguém busca vivificar o Espírito
Agora há sobre nossas cabeças e em nossos olhos
Uma luz branca, artificial
Aí daqueles que chamam ao mal de bem
Aí daqueles que chamam o bem de mal
O Sol continua a brilhar
Apesar de todas as nuvens
Apesar de toda a escuridão
Solitários e desvalidos
Cambaleamos em meio a multidão
Ah! Quando é que teus olhos
Para mim tu hás de inclinar
Somente darão ouvidos
Quando os teus lábios começarem a louvar