Tempos Estranhos

Tempos estranhos, campo esquisito

Há tanto joio em meio a tão pouco trigo

Será que foi assim desde o princípio?

Cegos a dançar a beira do precipício

Quem apagou a Luz de nosso olhos?

Quem nos ensinou a amar a escuridão?

Esvaziaram nossas barrigas

Encheram nossas mentes

Turvaram nosso coração

O Salvador espera pelo salvador

A ciência cresceu e se multiplicou

E com ela a dor

Todos buscam com fé é esperança

Mas ninguém mais sabe o que é o Amor

A Sabedoria clama nas esquinas

Agora já não há mais quem lhe dê ouvidos

A letra está morta a milênios

E ninguém busca vivificar o Espírito

Agora há sobre nossas cabeças e em nossos olhos

Uma luz branca, artificial

Aí daqueles que chamam ao mal de bem

Aí daqueles que chamam o bem de mal

O Sol continua a brilhar

Apesar de todas as nuvens

Apesar de toda a escuridão

Solitários e desvalidos

Cambaleamos em meio a multidão

Ah! Quando é que teus olhos

Para mim tu hás de inclinar

Somente darão ouvidos

Quando os teus lábios começarem a louvar

Marcelo Harimani
Enviado por Marcelo Harimani em 16/12/2021
Código do texto: T7408659
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.