Alohai
Não sei se pobre,
Não sei se rico,
Se passo fome,
Ou dias em hospício.
Nem sei se é curva,
Ou se é reta,
Saiu nas noites,
Olhos em fresta.
Portas fechadas,
Janelas abertas,
Vivo no frio,
Sem ter coberta.
Broto no asfalto,
Queimo em florestas,
Tá tudo errado,
Na hora certa.
Sento,
Respiro,
Tiro a sesta,
Canto,
Assovio,
Em plena quarta-feira.
Fogo de cana se apaga com álcool,
Choro em rios,
Bate na mãe,
Devido a mistura.
Valores perdidos,
Não há mais respeito
Nem há postura.
Marcha soldado,
Prende o papai Noel,
Se não vestir o verde,
Fica preso no quartel.
Os veados da carroça,
Avançaram o sinal,
Açoita, Açoita, Açoita,
Oprimidos passam mal.
É do avesso,
Que se veste a fantasia,
Vamos!
Aglomera!
Aqui sempre é dia de folia.
Escolhe mas não decide,
Te traça a morte,
Ou a Judite,
Te tira o ar,
E o apetite.
John vivo estaria com artrite,
Artrose,
Ou esquisofrenite.
Nado em mar de lama,
Sonhando ser o Caribe.
Apoio em pernas bambas,
Sem sono,
Sem apetite.
O Brasil é o país do futuro,
No passado,
Um aplique.
Hoje é o da Covid,
Amanhã?
Dê seu palpite.
Aloha!