Como a vida
À sombra da imaturidade
agita-se o sono:
anseia, repele
grita, rebela-se na intensidade
do ardor dos anos.
À sombra da imaturidade
correm, insensatos,
sonhos, hormônios
dúvidas e lampejos duma infância
que está, sem estar
que não foi: mas se cala aos poucos.
À sombra dos anos
tudo há de repousar
sereno, como a vida.
*Poema publicado no livro Poesias para a nova década