Só queria entender...
Não quero ser o herói...
não tenho essa prepotência imaginária
mas também não está em meus planos deixar o mundo se rasgar,
adoecer, desfalecer e se acabar.
Parece-me estar sempre vagando em uma tempestade de areia
como se nunca chegasse ao lar
entro nos bares das esquinas...
um intuito: me embriagar.
Um labirinto.
Numa tela em branco pinto.
Depois me equilibro...
num salto quero tudo do avesso virar...
ouço o que está do meu lado a gargalhar.
Estão as árvores apodrecendo?
e o sol escorrendo pelo mundo nada pode mudar?
E o que vejo?
è a escuridão só aumentar.
Iludo-me... cada passo em frente é um passo a menos.
Cada tic-tac do relógio é um instante a menos...
Meu corpo treme.
Desejo mais tempo...
Talvez eu consiga pelo menos entender a confusão que faz com que bata no mundo cada coração.
Ah! Esse céu noturno... tão soturno.
Se eu usar de dissimulação... convenço do que quero quem comanda meu coração?