O Conforto do Pântano
Recuso toda a riqueza
Que valsa junto à beleza
Abençoada pela celestial inteligência
Recuso tudo que tira
Minha decência
Aquilo que adianta
Minha senescência
Que pode permutar
Minha juventude
Por vazia
Plenitude
E castiga-me
Com indesejada
Solitude
Esta sujeira agrada-me
À minha maneira
Sopro de poeira
Traz-me alívio
Banho de lama
Prazer infalível
Cega-me do horrível
Que vende-se como fama
E canta
Como santa
Brinca e encanta
Te veste
Como manta
E te usurpa
Tal qual o queimar
De uma lâmpada
Eu não ligo
Eu não ligo mais