EMERGIR
Depois de mergulhar fundo
Chegar no limite do limbo (de novo!)
Abri os olhos e precisei voltar
Nadei de uma vez pra superfície, sem ar.
Nada mudou, mas eu mudei mais uma vez
Nenhum mergulho é igual
Cada um me afoga um pouco mais
Pra depois soprar ar nos meus pulmões.
Lá embaixo tem uma frieza que me abraça
Mas, nem sempre aguenta a frieza que eu emano
Quando começa a congelar, me solta
Me manda de volta pro mar.
E o mar sussura: "Volta,
volta pro teu lugar!
Uma luz acende no meu peito,
começa a irradiar
Tomando conta do corpo que estava a expirar.
E volto quente, ardente
Solto fogo igual vulcão
Pronta de novo pro fight
Faço da calda, minhas asas
Já viu sereia voar?
Canto
Nado no mar e danço no ar
Intensa das profundezas às margens
Estou voltando pra casa outra vez!