ENTRE, SEJA BEM-VINDA
Caminho sem pressa
Vagueio, desfilo, escondo-me
Entre as portas
Do meu infinito eu.
Sou tantos em mim
Maré cheia
De dores, cores e amores
Sabores e aromas imperfeitos.
Deságuo em jardins
Borboleto-me em céus
Sou viajante de mim
De minha alma sou réu.
Perco-me em flores
Desabrocho em odores
Do mergulho ao naufrágio
Vivo o eu do efêmero cruel.