A herança doce da amargura
Da tristeza extraí o que pude
Momentos de alegria puxados da lembrança
Algo que me traga o riso fácil
Que me dê razões de esquecer o que dói
Para poder ter sentido no dia de hoje
Nada pude pensar senão no presente
Mas não o presente no tempo
O presente que ganhamos
O filho que recebemos por graça
Aquilo que deixaremos por herança no mundo
De tudo que passei, hoje só tenho ele
Talvez a única coisa boa que eu consigo enxergar agora
O sabor doce de algo que azedou
Ou que sempre foi amargo
Um oásis de alegria em meio a um deserto de sentimentos