VISÃO DA CONSCIÊNCIA
Adormecia no plano dos instintos,
A consciência em tempos sombrios
E a criatura feito um cão vadio
Embrenhava-se em terríveis labirintos.
Os riscos futuros não calculados,
Revelava certo grau de infantilidade
Pela inobservância da causalidade:
A queda inevitável e o devido aprendizado.
Por aclives, declives rotineiros,
E deslizes de consequências desastrosas
Amadurece a consciência ainda enganosa
Sem rumo, sem prumo, sem paradeiro.
Assegurando-se de uma total garantia
Insiste nos erros, cega da verdade
Provocando abalos, rupturas, periculosidade
Devastadora tempestade que se anuncia.
Ante os embates que eterno perduram
Propondo-se uma trégua, as ações contabiliza
Analisa, se imuniza e os efeitos ameniza
Da consciência intranquila que se equilibra e se apura.
Corretivas experiências que ajustam e ensinam
Suplantam as adversidades e um novo tempo inaugura
O despertar da consciência agora mais madura
Do seu real significado que somente a existência determina.