Procuras
Vou procurar na enseada
Nosso tesouro que se perdeu
Eras a paz da noite
E eu a madrugada
Nas nossas marujadas
Tua eu era e tu eras meu.
Sobre as pedras molhadas
Eras meu guia, meu farol
Eu, a "peixinho" do atol
De um mar que era teu.
E um tufão em águas paradas
Te feriu, nos arremeteu
Perdi meu rumo perdi meu norte
Mas o mar - vivo - te devolveu.
Vou resgatar a estrela sorte
Mesmo que me busque a morte
Do mar que és, que me faz forte, que é meu.
Sempre vou ser a nauta
Tu, Netuno forte, argonauta
Buscando outro oceano
Um outro que não morreu.