Cândida esperança
Como eram lindas aquelas manhãs, como era longe aquele horizonte, tanto que as vezes a noite vinha e explodia carregada de saudades e ausências.
Mais meus martírios tornavam-se sentimentos suportáveis, afinal naquele lugar a luz do campo sempre vinha e iluminava minha janela.
Não havia futuro para quem não espera, nem notícias nem nada, e apenas passavam os dias.
Inventava alguns casos e acasos, era como estar numa última fronteira, e sonhar que talvez a verdade seja outra coisa, algo único que não conspira nem abandona e que se rompe em frangalhos transformando-se numa cândida esperança.