Repousar...
Repousar a mente e distanciar-se simplesmente
Repousar o corpo, descansar e fingir-se de morto
Repousar da existencial fadiga, tão cruel e inimiga
Repousar dos prantos, envolvidos nos brancos mantos.
Repousar na luz das estrelas e ouvir o zumbir das abelhas
Repousar ao pôr-do-sol e apreciar a virada dos girassóis
Repousar ao som das chuvas, calados e sem guarda-chuvas
Repousar sem nenhum barulho, num aconchegante escuro.
Repousar e sentir aromas no ar, petiscos para lhe agradar
Repousar e se espreguiçar, num embalo musical a bailar...
Repousar com as miragens e acordar cheios de coragem
Repousar cansados e acordar ternos e bem descansados...
Repousar e tirar um gostoso cochilo, sem nenhum vacilo
Repousar usufruindo momentos da vida, bem construída
Repousar tranquilamente sem pensar nos incautos repentes
Repousar em paz, vai fazer valer por tudo que você faz...
Texto e imagem: Miriam Carmignan