POETA’S BAR

Eu quero uma dose caprichada

de Leminski com limão

Uma dose dupla e sem gelo

de Drummond com Alcatrão.

E para sair da mesmice,

quero uma taça de Clarisse

E pra finalizar, vou pedindo a saideira

Um coquetel de Cora, Adélia e Bandeira.

Entorpecido de tanta poesia

Percebo o mundo, que não para de girar

Deixando meu estômago todo revirado

E minha cabeça prestes a estourar

Pego minha caneta com maestria

E escrevo muitos versos sem parar

Mas, quando estou já renovado

Sei que é hora de ir para o bar.