Comunhão dos seres

O poeta proclamou:

"Viva a comunhão dos seres!"

Sim, viva! Viva os versos que surgem reveladores

de quem somos e como estamos

quando, ao fim, entrelaçou

nós dois, neste único evento.

Viva as energias trocadas entre os corpos

Quando sobremaneira envolvidos nós em carícias

embebidas de horas, momentos, dias

em êxtase, virando álcool nos copos

até que veio o Sol e nos deslumbramos.

Viva as alegrias na plenitude de toda instância

de diversão, de virtude, de potência

Quando nos lançamos em toda a violência

de vivermos sob o prazer de cada momento!

Ah sim, viva a nós, que não nos contentamos com pouco

Nem nos ensoberbecemos com o supérfluo

Mas nos permitimos naquela vigilância

de todos os gozos que nos livram deste mundo louco!

Ah, vivamos! Vivamos bem! Vivamos a mil!

Que venhamos a viver mil séculos, até além

do que a vida pode exasperar

De nossos corpos, suados e unidos,

nus e cálidos

Naquela intensa e frenética fricção

que todo o atrito inflamou

E faz toda a intensidade esperar

o momento certo, eternífluo

de tudo quanto é, entre nós, total, pleno e verossímil.

Amém!

ALIVAVILA
Enviado por ALIVAVILA em 12/10/2021
Reeditado em 15/10/2021
Código do texto: T7361648
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.