Figa que não deu sorte

Consentiu que assim fosse, e se trouxe

Na hora certa levou, pra que não afrouxe

Fez forte alma que tanto chorou; o doce

Se fez amargo, e o rio salgou; é de praxe

Que encaixe quebrado não pode juntar

Não julgue, jugo pesado, deve afrouxar

E a tentativa foi só uma frustrada fuga

Uma figa que não deu sorte, face e ruga

Que o tempo aumentou, marcas tantas

No sorriso amarelo que ninguém notou

Bebeu suco de uva, limonada, até fanta

E por tanta tristeza e dor; se embriagou.