Operação Prato

Olho pela janela e vejo estrelas,

cantarolando o brilho da tarde noturna e nevoada,

deixo de lado quaisquer pensamentos,

que diria embriagados sobre a natureza.

E todo caos disfarçado de semente,

nascendo no olhar pavoroso diante o desconhecido.

No entanto, avisto tal prato luminoso

pairando, pairando sobre os campos, pairando...

Cai por terra meu queixo,

todo pensamento vagaroso sobre bailarinas luminosas,

e suas verdades que faz de conta,

o que beira... Beira a loucura e o que desfaz.

Eu vejo vocês, vejo!

Vidas supersticiosas por fugirem de superstição,

sem certeza, em diversas hipóteses,

canônicas, por criarem demônios a partir de dois,

assim como o inferno maravilhoso que habitam.

Ao contrário de você, tenho a plena certeza;

Todo este teatro de desejo, sombra de simulação,

assombra por a assombrar-te!

O sopro de discórdia ao finito próximo,

e não haverá sequer vomito no mundo para cobrir tamanho escárnio ao fracasso!

Leve, suas tralhas para o expurgo vital, leve, leve a lua também!

Tal satélite sintético, vista da Terra, circular preciso ao tamanho do sol!

Essencial como todo sistema solar e seu devido peso.

Ao encará-lo de frente...

percebi que havia mais de mim do que de extra,

o que havia de extra era eu e mais incontáveis seres repletos de dúvidas;

Eu diante a vaidade interestelar interessadas no fracasso.

Sujeito interminável pelo sucesso inatingível.

Do que alimenta, se alimenta por elementar?

Se preza a ti, não propaga a si o que prega(!)

Ilumine ao menos as noites das pupilas com as luzes da finalidade,

para ao menos saber para quê, e para onde,

e se por onde souberes o que sou, por que sou, o que sou?

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 07/09/2021
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