Vejo vidas pelos ares

Balas perdidas

Vidas interrompidas 

Enganos sem perdão

Vítimas sem explicação. 

 

Voam em pedaços 

Só pra dor

Dão espaço.

Balas!

 

Fazem prisioneiros 

Em medos 

E desespero.

 

Favelas. 

Pontes.

Barracos.

Morros.

 

Ruas compridas

Sem saidas.

Como as vidas

Sofridas.

 

Cadê meu endereço?

Em ruas suburbanas?

Chegou a hora de decidir 

Não pagar o aluguel 

E partir.

 

Mesmo sem ter pra onde ir

Talvez desse caos fugir.

Lutar.

Recomeçar. 

Protestar. 

Projetar novos sonhos

Com boas intenções. 

Brotar novas vidas 

Cuidar das que ficaram feridas 

Renascer das cinzas!

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Mara Cardozo
Enviado por Mara Cardozo em 06/09/2021
Reeditado em 22/07/2022
Código do texto: T7336249
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