Vejo vidas pelos ares
Balas perdidas
Vidas interrompidas
Enganos sem perdão
Vítimas sem explicação.
Voam em pedaços
Só pra dor
Dão espaço.
Balas!
Fazem prisioneiros
Em medos
E desespero.
Favelas.
Pontes.
Barracos.
Morros.
Ruas compridas
Sem saidas.
Como as vidas
Sofridas.
Cadê meu endereço?
Em ruas suburbanas?
Chegou a hora de decidir
Não pagar o aluguel
E partir.
Mesmo sem ter pra onde ir
Talvez desse caos fugir.
Lutar.
Recomeçar.
Protestar.
Projetar novos sonhos
Com boas intenções.
Brotar novas vidas
Cuidar das que ficaram feridas
Renascer das cinzas!
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