A SABEDORIA CLAMA
Num quarto escuro
Nú diante diante de mim
Num quarto escuro
Nú diante diante de mim
Vesti o meu EU mais belo
Afastei-me das dores
Recolhi os meus temores
Guardei os meus Ais
Pendurei as sandálias
E flutuei por belas paisagens
Vislumbrei campos floridos de borboletas
Caminhei entre nuvens
Costuradas por estrelas cintilantes
Provei o mais puro néctar entre as flores
Ouvi músicas coloridas
Repletas de vagalumes
Mas tudo não passou de mera ilusão
Nada disso a mim
Fez-se sentido.
No dançar da chuva
Sobre o telhado
O incansável e angustiante gotejar
Levou-me a um terrível e quente deserto
Nele eu pude saborear
O gosto amargo da humilhação
Ante o vento da temível indiferença
Chorei ao ver-me rasurando o
amor
Acumulando preconceitos
Enclausurando verdades
E abortando contos na linha da vida.
Um horrendo calafrio tomou conta de mim
Ao ver os meus pés se apressarem para o mal
E as minhas mãos rasgarem princípios sólidos.
Então, passei a questionar-me
A minha alma estava sedenta
Por uma justiça falida
Isso tudo me causou fortes dores
Como se eu estivesse em trabalho de parto
Dando à luz a uma moral corrompida.
Um feixe de luz transpassou meu corpo vazio
E um grito fez-se ouvido
Em alto e bom som
A sabedoria gritava
Questionado a minha inércia
Diante do ópio da minha existência
Implorando por atenção
Ela pedia fidelidade e consistência
Desejando de mim
Conhecimento e entendimento.
Chamei-a para o meu quarto escuro
Lhe dei as minhas posses
Fiz-me seu escravo
Amarrei-a em meu pescoço
Para que os seus pensamentos
Afastei-me das dores
Recolhi os meus temores
Guardei os meus Ais
Pendurei as sandálias
E flutuei por belas paisagens
Vislumbrei campos floridos de borboletas
Caminhei entre nuvens
Costuradas por estrelas cintilantes
Provei o mais puro néctar entre as flores
Ouvi músicas coloridas
Repletas de vagalumes
Mas tudo não passou de mera ilusão
Nada disso a mim
Fez-se sentido.
No dançar da chuva
Sobre o telhado
O incansável e angustiante gotejar
Levou-me a um terrível e quente deserto
Nele eu pude saborear
O gosto amargo da humilhação
Ante o vento da temível indiferença
Chorei ao ver-me rasurando o
amor
Acumulando preconceitos
Enclausurando verdades
E abortando contos na linha da vida.
Um horrendo calafrio tomou conta de mim
Ao ver os meus pés se apressarem para o mal
E as minhas mãos rasgarem princípios sólidos.
Então, passei a questionar-me
A minha alma estava sedenta
Por uma justiça falida
Isso tudo me causou fortes dores
Como se eu estivesse em trabalho de parto
Dando à luz a uma moral corrompida.
Um feixe de luz transpassou meu corpo vazio
E um grito fez-se ouvido
Em alto e bom som
A sabedoria gritava
Questionado a minha inércia
Diante do ópio da minha existência
Implorando por atenção
Ela pedia fidelidade e consistência
Desejando de mim
Conhecimento e entendimento.
Chamei-a para o meu quarto escuro
Lhe dei as minhas posses
Fiz-me seu escravo
Amarrei-a em meu pescoço
Para que os seus pensamentos
Fossem revelados a mim.
Lentamente me desfiz
Da minha corrupção insolente
E da ignorância pavorosa do EU
Lentamente me desfiz
Da minha corrupção insolente
E da ignorância pavorosa do EU
De insensato voraz
Passei a ter paz em meu caminho
E plenitude em minhas ações.
De sabedoria me vesti
Passei a ter paz em meu caminho
E plenitude em minhas ações.
De sabedoria me vesti
Já não sou mais ignorante de mim.