Breu

O que sou senão enchente que corre a vaidade?

O que há de mim senão um barril inviolável do desconhecido?

O que sou não faz de mim o que posso ser a não ser repelidas ideias

a não ser a ferida da dor anestesiada por tanto sofrimento da perpetua mudança

ou o velho que retruca a criança para deixar de sonhar e sofrer como sofre.

Sofre... Como sofre velhos de todas idades, curvados a verdade saudando o conhecido!

Tropeçam quando pensam na dança da próxima música que diria composta por si

boquiabertos assustam ao verem a luminosidade vibrante ao abismo incerto

bailando no indiferente breu que fora proporcionado ao acidente e seu aproveito.

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 18/08/2021
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