Breu
O que sou senão enchente que corre a vaidade?
O que há de mim senão um barril inviolável do desconhecido?
O que sou não faz de mim o que posso ser a não ser repelidas ideias
a não ser a ferida da dor anestesiada por tanto sofrimento da perpetua mudança
ou o velho que retruca a criança para deixar de sonhar e sofrer como sofre.
Sofre... Como sofre velhos de todas idades, curvados a verdade saudando o conhecido!
Tropeçam quando pensam na dança da próxima música que diria composta por si
boquiabertos assustam ao verem a luminosidade vibrante ao abismo incerto
bailando no indiferente breu que fora proporcionado ao acidente e seu aproveito.