Minha Labuta

O galo me acorda, começa a labuta

Pego a mucuta, também o facão

Enxada nas costas, desço a ladeira

Levo a baladeira, no meu cinturão

Com a baladeira, espanto as jandaias

Fico lá de tocaia, protegendo a roça

Quando o sol mais ardente, se inclina

E quando neblina, eu vou pra palhoça

O milho e o feijão, tá tudo bonito

Caia fora prequito, a roça tem dono

Se não tiver safra, como que fico?

Mas tá tudo pacífico, pra esse colono

Com o sol bem alto, rango a farofa

A cadela balofa aproveita o restante

Depois da labuta, volto pra Emília

Ter uma família é muito importante.

Roberval Andrade Carvalho
Enviado por Roberval Andrade Carvalho em 13/08/2021
Reeditado em 17/04/2023
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