Indefinido
O que te assombra no cansaço do desconhecido?
Do que idolatra no conhecimento que a ti assola?
O que há de mim senão esdrúxulos de tantos?
Do que tenho de provar no indefinido precioso amargo?
O indefinido, ora, deplorável sublime...
Grunhindo pelo desespero do que tanto faz
do que pouco fez afinal senão um balde despejado febril
de mais sei do que menos saberei por tanto.
Do que pensar se não terei conta por rótulos
nem dívidas, nem fanáticos, nem a minha forma distorcida supersticiosa
que a mim tiveras da ponta do que sou à beira daquilo que contesta
por ser o meio da partida após linha de chegada que terás sem fôlego
no ranger de sombras que suplicam crepúsculos patológicos...
Excitados construímos o que se vê e diz esplêndido
como desconstruímos o mesmo que se diz obsoleto.
Reciclagem dos pobres doentes seres da pequena terra tardia
que devora e vomita mornos hipócritas, instintivos seres
de âmbitos famintos ou doentes por luminosidade dançante
sopro de verdade com pulmões de sonho que suspiram alvos.