Indefinido

O que te assombra no cansaço do desconhecido?

Do que idolatra no conhecimento que a ti assola?

O que há de mim senão esdrúxulos de tantos?

Do que tenho de provar no indefinido precioso amargo?

O indefinido, ora, deplorável sublime...

Grunhindo pelo desespero do que tanto faz

do que pouco fez afinal senão um balde despejado febril

de mais sei do que menos saberei por tanto.

Do que pensar se não terei conta por rótulos

nem dívidas, nem fanáticos, nem a minha forma distorcida supersticiosa

que a mim tiveras da ponta do que sou à beira daquilo que contesta

por ser o meio da partida após linha de chegada que terás sem fôlego

no ranger de sombras que suplicam crepúsculos patológicos...

Excitados construímos o que se vê e diz esplêndido

como desconstruímos o mesmo que se diz obsoleto.

Reciclagem dos pobres doentes seres da pequena terra tardia

que devora e vomita mornos hipócritas, instintivos seres

de âmbitos famintos ou doentes por luminosidade dançante

sopro de verdade com pulmões de sonho que suspiram alvos.

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 03/08/2021
Reeditado em 03/08/2021
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