SILHUETA
(Sócrates Di Lima)
Olho a vida pelas fresas das minhas janelas,
Vejo e sinto quão bela....
O que eu não vejo é tristeza nos olhos dela,
Porque ela, a Lua serena no lago como sentinela.
Silhueta do amor,
Daquilo que está para chegar,
seja como for,
Vou então esperar....
Silhueta do bem querer,
Vulto que surge a sombra da Lua,
Como mostrando uma forma de ver,
Que a vida não é mais do que uma alma nua.
E nós a vestimos,
Como bem queremos
A tudo idealizamos,
Porque nela existimos.
Amor, sonhos e flores,
Esperança que aflora,
Bebo de todos os licores,
Que a vida oferece a toda hora.
Vejo então, a silhueta do amor,
desenhada em minha mente,
É só deixar chegar como um beija-flor,
E beijar a alma que pode chegar de repente.
Em forma de anjo,
Em forma de vida em ampulheta,
Aos acordes românticos de um banjo,
Em braços aberto para essa silhueta.