Permita-se
De: eu
Para: eu
Faça as pazes com você mesmo;
se dê aquelas chances que passaram sorrateiras e você não percebeu. Entenda que o mundo não parou, você só está um pouco mais lento; solte a carga extra, não precisa correr, caminhe.
Ouça a criança inteiror, ouça essa voz que te guia ai de dentro, todos temos, ela fala, as vezes grita.
Se permita outras vezes, você não deveria ter desistido, mas desistiu né? Então recomeça.
Você tem tempo.
Eu sei que essa caminhada é árdua, qual não é?
Você chegou até aqui, mesmo chorando algumas vezes, mesmo parando noutros portos. Eu sei que tu foi cais diversas vezes;
Sei que tu foi pista de pouso seguro diversas outras vezes, mas chega, calma.
Atraca teu barquinho na areia, arruma essa proa, tampa os furinhos que foram causados nessa viagem turbulenta.
Quantas tempestades não é mesmo?
Você deveria se dar outras chaves, é sério. Existe muita vida, vida em demasia e ela passa, como um trailer, e quando se vê os três minutos voaram, os sessenta e poucos anos passaram e você se dá conta de que é tarde, então permita-se. A vida é sobre isso.
Momentos sombrios são apenas por alguns instantes.
Paschoal, George