SIMPLESMENTE
Ela se encontra nela,
Nele, ele se encontra,
Solidárias intimidades,
“Vida, vento, vela”...
Necessária liberdade,
Sentimento que desponta,
Repleto de intensidade,
Quando se dá conta,
Tato, contato, janela
Aberta para o amor.
Inexplicavelmente,
Há quem queira contrapor,
Achar que o que vale é o que ele sente,
Que o amor perfeito,
É o seu hétero conceito,
Que a sua verdade,
É mais do que absoluta,
O resto é desvio de conduta.
Há quem queira interferir,
Proibir o “improibível”,
Ter o espírito insensível,
Para os encontros da vida.
Pobre, arcaica mente,
Indiferente aos seus preceitos,
O rio segue o seu leito,
Supera os obstáculos da ida...
Se sintoniza com o verbo fluir.
Ela com ela, ele com ele,
Alma a alma, pele a pele,
Cada um com o seu jeito de amar,
Com o seu direito de ser e estar,
De se aceitar e ser aceito,
Compartilhar sonhos na diretriz,
Sem que ninguém possa impedir,
De ser feliz,
Simplesmente.