Sou pequeno, sou vulgar.

Pela janela vejo as árvores,

com meus ouvidos, ouço o vento a soprar.

Sei tão pouco sobre a vida

e me ponho a pensar.

Penso no mistério do eterno

e na vida a se findar.

Meu controle é quase zero,

sou pequeno, sou vulgar.

Penso no dia de amanhã

e na surpresa que virá.

Sem possuir qualquer certeza,

que ao menos vou me levantar.

Penso na mãe que perde o filho

e em seu choro sem cessar.

Penso no pobre, no oprimido,

sem ter a quem os escutar.

Penso senhor, somos teus filhos,

por que não vem nos amparar?

Socorre o povo, enxugue o pranto

e nos ajude a levantar.

Penso melhor, me recomponho,

como posso a Deus sondar?

Sigo em frente, novamente,

sou pequeno, sou vulgar.

Nicollas Madeira
Enviado por Nicollas Madeira em 16/07/2021
Código do texto: T7300811
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