Sou pequeno, sou vulgar.
Pela janela vejo as árvores,
com meus ouvidos, ouço o vento a soprar.
Sei tão pouco sobre a vida
e me ponho a pensar.
Penso no mistério do eterno
e na vida a se findar.
Meu controle é quase zero,
sou pequeno, sou vulgar.
Penso no dia de amanhã
e na surpresa que virá.
Sem possuir qualquer certeza,
que ao menos vou me levantar.
Penso na mãe que perde o filho
e em seu choro sem cessar.
Penso no pobre, no oprimido,
sem ter a quem os escutar.
Penso senhor, somos teus filhos,
por que não vem nos amparar?
Socorre o povo, enxugue o pranto
e nos ajude a levantar.
Penso melhor, me recomponho,
como posso a Deus sondar?
Sigo em frente, novamente,
sou pequeno, sou vulgar.