Diáfano horizonte

Naquela tarde desci a rua, eu e minha solidão;

Sabia como escolher minhas dores, escorregando em arrependimentos,

Esmagando aquele diáfano horizonte.

Naquela tarde desci a rua, eu e minha solidão, a mesma rua,

as mesmas pedras e o mesmo sol, alguma coisa tem nessa vizinhança

algo estranho, talvez indiferenças ou distâncias congeladas,

Grupos de agonia se espalhando nas multidão.

O que fazer quando as promessas nada mais são do que consolos anônimos;

Contanto que eu possa fazer meus sentimentos suportáveis,

Meus assimismos mortos,

E quando minha luxuriosa inveja estiver ao meu alcance,

serei capaz de disfarçar minha dor, salvando a pouca dignidade que me resta.

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 03/07/2021
Código do texto: T7291651
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.