Autoconhecimento
É no alento do silêncio que me encontro
De barulho, basta o que escuto aqui dentro
Cansei de desaguar em mares rasos
Quero profundidade, quero me afogar.
Quero me cansar águas afora
Aprender a guiar minha própria vela
Pois a estática nunca enobrece
Prefiro o caos, onde quer que ele me leve
Assumo o risco de não ter raízes
Sou várias linhas, sou várias matrizes
Não quero compreender como se inicia
Prefiro construir como quero que termine
Não é sobre voar sem rumo
E se perder na imensidão
É sobre construir pontes
Sobre abrir portas e ser coração
Barco a vela com rumo e destino
E assim continuo a navegar
Com os ventos da dúvida
Com a certeza de onde quero chegar