Quem joga os dados?
Pequenas mãos que roubaram estrelas, sigilosamente fostes inverno,
E algum dia preferi calar o teu nome, mais o vento trazia tua presença inadvertida
Agora sobre ti caminha a tua insuficiência, e lutar corpo a corpo já não faz mais sentido
O amor parecia um abismo, um mêdo misterioso, como antiga doçura estremecida;
Por isso o fogo as vezes morre, ou encontra velhos manantiais de desordem e olvido
Dormindo longe penso:
Quem me controla?
Quem joga os dados?
Afinal queria tanto conhecer a cara
do verdugo e da vingança,
Conhecer o gosto daquela água transformada em vinho, e ver meus inimigos com novos olhos
de esperança...