A BORBOLETA

É o constante desejo

ao acaso renascermos,

sem pretensões maiores

além da evolutiva vontade

de reviver, expandir e abrir

o meu coração, preso

num casulo indevido.

E voar sem destino

tem sido apego

rumo feroz ao infinito,

pueril loucura cativa

de alguma dor

secreta e incomensurável

guardada debaixo da membrana.

As asas nascem e voamos

quando o mundo

nos mostra sua

face selvagem,

só queremos a matriz,

aquela que abandonamos,

quando envelhecemos

e cismamos nos tornar

ser rebelde e alado.

Hivton Almeida
Enviado por Hivton Almeida em 16/06/2021
Código do texto: T7280364
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.