A gente morre mais um pouco.

A gente morre mais um pouco

ao final de cada domingo.

Quando lamentamos a semana que passou,

sem celebrar a que vem vindo.

A gente morre mais um pouco

quando não perdoamos falhas alheias.

É o rancor dominando nossa mente

e entupindo nossas veias.

A gente morre mais um pouco

longe daqueles que amamos.

Um pedacinho nosso distante,

cuja ausência lamentamos.

A gente morre mais um pouco

quando deixamos de sonhar.

Passamos a ser chamados realistas,

mas a alma está a ponto de quebrar.

O morrer é privilégio de quem está vivo

e esse verso não traz nada que seja novo.

Pois então abrace e beije, sejas feliz,

senão a gente morre mais um pouco.

Nicollas Madeira
Enviado por Nicollas Madeira em 15/06/2021
Código do texto: T7279646
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