Êxtase de meus dias
Nesse instante, sondo, escondo lírios
Que o vento resolveu me induzir
Nesse singular relógio, dos êxtases dos meus dias
Eu conto os passos que a luz me fez seduzir
Não vejo praças, nem porta retratos
Só vejo o percurso da sinfonia
Que o meu pequeno e escuro quarto
Me tranquilizou com a triste agonia que tive
Nesse exato momento, eu exalo o meu perfume
Nestes sombrios caminhos, onde estive noutra estação
Se a amargura do dominador ciúme
Me enfeitiça na estrada do meu coração
As dores ressurgem com lágrimas ásperas de tristeza
Eu vejo notícias globais e choro com a natureza
Nesta perfídia e astral dos que não são da nobreza
Rabiscos não mais nos cabem nos papéis da atual riqueza
Então, entrego a mim mesma no altar celestial
Com vozes de anjos perdidos nos ares daquelas árvores
Gotas de sangue que jorraram de uma forte queda de estatura
E fiz de minhas mensagens , no topo das alturas, misteriosas mármores
Que o SENHOR inventou no espaço da saudade.