Êxtase de meus dias

Nesse instante, sondo, escondo lírios

Que o vento resolveu me induzir

Nesse singular relógio, dos êxtases dos meus dias

Eu conto os passos que a luz me fez seduzir

Não vejo praças, nem porta retratos

Só vejo o percurso da sinfonia

Que o meu pequeno e escuro quarto

Me tranquilizou com a triste agonia que tive

Nesse exato momento, eu exalo o meu perfume

Nestes sombrios caminhos, onde estive noutra estação

Se a amargura do dominador ciúme

Me enfeitiça na estrada do meu coração

As dores ressurgem com lágrimas ásperas de tristeza

Eu vejo notícias globais e choro com a natureza

Nesta perfídia e astral dos que não são da nobreza

Rabiscos não mais nos cabem nos papéis da atual riqueza

Então, entrego a mim mesma no altar celestial

Com vozes de anjos perdidos nos ares daquelas árvores

Gotas de sangue que jorraram de uma forte queda de estatura

E fiz de minhas mensagens , no topo das alturas, misteriosas mármores

Que o SENHOR inventou no espaço da saudade.

Lucilene Nobre
Enviado por Lucilene Nobre em 15/06/2021
Reeditado em 15/06/2021
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