Metáforas
Sou a centelha ainda acesa
Do incêndio de minh’alma
Que (re)surge
Sem remediar.
Sou o sufixo (des)esperançoso
Incomodado pelo radical
Cuja base voraz
Esmaga minha significação.
Sou o prefixo hermético
Ininterrupto
Imemorável
Incontinente
Alegórico.
Sou a última estrofe
Do poema (in)acabado
Que poderia ter sido
E não foi.