Os recônditos de uma luta
Carrego dentro de mim, grilhões da última estrada
Os males que vi neste espaço de Lua quebrada em sombras
São dores que nunca senti na escuridão de meus atos
E os rápidos foguetes acesos são como esperança nas ondas
No meu peito ingênuo de ardente flor do deserto
Transbordo todas as silhuetas que o mundo insiste em desenhar
Como um relâmpago perto de grandes reflexões
Eu caminho com as flores de orquídeas que vieram do mar
Carrego mil estações nos passos do humilde tempo
E aprendo que o amor é que faz parte de tudo
Mesmo calado e com feridas que o breve áspero vento
Fez de meus gritos, aromas, suaves palavras mudas
Eu encaro, esta labareda de sinais em alarmes do sol
Como estrela cadente, navego no infinito da luta
Pela vida não vivida , pelas luzes que persigo, só...
Num entrelace de disputa
Em que o jogo da vez é ser de si próprio
Um pianista que sabe perder todas as notas de sua alma.