Fênix

Só nessa vida, já morri tantas vezes.

Teve momento que achei que não mais voltaria.

Fui ao fundo do poço e retornei.

Cada ferida, doeu de um jeito.

Mas, ainda no escuro me curei.

Já entreguei os pontos,

noutras fingi que não era comigo.

Ao longo desse tempo,

aprendi tantas coisas.

Uma delas, é que nem todo mundo

enfeita o caminho.

Já quis sentir mais de uma vez,

abrindo a mesma ferida.

É por isso, que sempre paro

pra enfeitar o caminho.

Se eu tiver que fazer o mesmo trajeto,

terei orgulho de mim e não me darei por vencida.

Sei que ainda vou morrer

tantas vezes nessa vida.

Mas, só de pensar que

renasci em muitas, eu continuo...

Porque em cada partida, eu me encontro.

Mesmo com o coração queimando;

É contra mim mesma,

que estou lutando.

Para esquecer das dores.

Da manhã de sol sem calor.

Das noites sem lua.

Da cidade tão fria...

Da rua vazia.

Meu coração de novo arde.

Meu eterno fogo de sonhos.

Encontro-me em constante

atrevimento de ser mais eu.

Então, acendo a chama

do meu querer.

E como todo sobrevivente...

Estou dando mais valor a vida.

Poema autoria #Andrea_Domingues

Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues

Andrea Domingues
Enviado por Andrea Domingues em 26/05/2021
Reeditado em 30/05/2021
Código do texto: T7264699
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