Aqui estou
Não vou me condenar
Seja qual estrada me trouxe aqui
As convicções tardiamente abaladas
A confiança tolamente ofertada
A entrega onde se percebe o nada
A transparência pela desconfiança embaçada
A inocência como estupidez julgada
E todas me conduziram a uma só estrada
Assim hoje sou e aqui estou
Sou o que os enganos me forçaram a desconstruir
Estou no limiar das visões contraditórias
Onde alicerçadas crenças se desmoronam
E são erguidos muros de interrogações
O mistério da vida longe de se desvendar
Traçou caminhos que aqui me fizeram chegar
Não há portanto razões para me condenar