Quem poderá?

Titubeio.

As palavras já não se fazem mais.

Tudo está coberto por uma luz fraca.

Os passos vão para frente, voltam para trás.

Desencontros… descompassos.

O pulso palpita,

A alma grita.

Não há mais saídas.

O espelho reflete um corpo

alquebrado.

Olhos estatelados.

Não há mais dúvidas.

Sobraram apenas as certezas.

A calamidade da certeza me assombra.

Um corpo sem sombras.

Uma mente sem dúvidas.

Quem me poderá desanuviar a mente?

Quem me ensinará a ver a verdade em quem mente?