Poente


Braseiros perdidos no poente
Figuras indeléveis que correm
Ante os sóis que se extinguem
Balsamiza meu ser estonteante.

Naufrago com olhos vedados
Cegam-me os raios luminosos
Almas sombrias dos vaidosos
Afogueados e desnorteados!

Domina nas ânsias premiadas
Maratonas que faz até exaurir
As forças recuperar vai preterir
No silêncio da noite iluminada!

Confidências em seu semblante
Valem-se os ensejos e gemidos
Pela dor, maus tratos adquiridos
Em competições, você presente.






Texto e imagem: Miriam Carmignan